O líder do governo de Jair Bolsonaro no Congresso Nacional, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), e o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE) foram ouvidos pelo Congresso em Foco sobre a influência da soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o pacote pós-Previdência do ministro da Economia, Paulo Guedes, que tramita no Senado.
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Para o líder do governo, a volta de Lula ao debate política nada altera no Congresso Nacional.
“Quem vota sobre a influência dele,votou contra a Previdência e ela foi aprovada com folga. O que sustenta a reforma econômica é a confiança na intenção de governo do presidente, e isso está posto. Economia em crescimento e juros e inflação em queda”, disse.
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Humberto Costa disse que é preciso esperar o discurso de Lula no Congresso Nacional do PT para saber quais são os eixos que ele vai focar em sua atuação sobre o governo de Jair Bolsonaro.
PublicidadeLula citou nominalmente Guedes durante o discurso em São Bernardo do Campo (SP) no sábado (9) e criticou o fim do reajuste do salário mínimo por dois anos, medida que está na chamada PEC emergencial (íntegra), assinada pelo líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).
“Eu duvido que o ministro demolidor de sonhos, destruidor de empregos e empresas públicas, chamado Guedes, durma com a consciência tranquila que eu durmo”, disse o ex-presidente.
Segundo o líder do PT no Senado, essas menções e o discurso de Lula como um todo foram falas pontuais e a essência do que ele vai se concentrar vai estar na reunião do PT marcada para os dias 22, 23 e 24 de novembro e que deve reeleger Gleisi Hoffmann presidente do partido.
“O Lula sai para reforçar o trabalho, discurso e ação da oposição. Certamente um dos graves problemas que esse governo tem, entre tantos, é uma política econômica profundamente excludente, equivocada que não vai levar o Brasil a voltar a crescer, nem gerar emprego, é natural que ele coloque como um dos eixos da atuação política dele o debate sobre a economia porque as consequência estão pegando diretamente a população, trabalhadores mais pobres e a classe média”, declarou.
Lula ficou preso por 580 dias na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Após ser solto no último sábado (8), beneficiado por decisão do Supremo Tribunal Federal que proibiu prisão em segunda instância, o petista foi à São Bernardo do Campo (SP), onde mantém residência atualmente.