O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2021, entregue nesta segunda-feira (31) ao Congresso Nacional, manteve previsão de R$ 2 bilhões para o Censo Demográfico. Previsto para 2020, o estudo estatístico nacional foi adiado para 2021 em razão da pandemia do novo coronavírus.
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Além da dificuldade de contatos pessoais dos recenseadores com a população, foi levada em consideração a impossibilidade de treinamento da força de trabalho, que começaria em abril, no início da pandemia no Brasil. Com o adiamento, o Censo terá como data de referência o dia 31 de julho de 2021, com coleta de dados prevista para o período entre 1º de agosto e 31 de outubro daquele ano.
A maior parte do valor reservado no orçamento refere-se à contratação de cerca de 208 mil trabalhadores temporários para realizar as entrevistas e coletar os dados. Os pesquisadores visitam presencialmente os cerca de 71 milhões de domicílios brasileiros em todos os 5.570 municípios.
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Inicialmente, o censo teria dotação maior, de R$ 3,4 bilhões, mas a presidente do IBGE, Susana Guerra, determinou um corte de 25% na verba. Com essa redução orçamentária, o questionário foi reduzido, tendo sido retiradas perguntas sobre renda, aluguel, posse de bens e emigração, entre outras. No questionário simples, aplicado em 90% dos domicílios, o número de perguntas caiu de 34 para 26. No questionário completo, houve redução de 112 questões para 76.
Realizado a cada 10 anos em todo o território nacional, o Censo Demográfico é organizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e visa retratar a realidade sociodemográfica do país para embasar políticas públicas.
PublicidadeA peça orçamentária de 2021 será analisada pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso, que ainda não foi instalada em razão da pandemia. O presidente da CMO será o deputado Elmar Nascimento (DEM-BA) e o relator do PLOA será o senador Márcio Bittar (MDB-AC).
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