O presidente Jair Bolsonaro deve decidir nesta quinta-feira (21) se veta o trecho do projeto de socorro a estados e municípios que permite que algumas categorias, como policiais, professores e profissionais da saúde, fiquem livres do congelamento de salários até dezembro de 2021. Esse é o principal assunto da reunião, por videoconferência, do presidente com os governadores, marcada para começar às 10h.
Ontem 25 dos 27 governadores se reuniram para afinar o discurso. A suspensão do aumento salarial e das promoções de determinadas carreiras ainda divide os chefes dos estados. Entre eles, há quem defenda radicalmente o veto, mas também quem gostaria de liberar algumas categorias do congelamento.
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Em comum acordo, os governadores definiram que vão fazer apelo ao presidente para que a lei, que libera R$ 60 bilhões para estados e municípios, seja sancionada imediatamente para que os recursos comecem a chegar aos cofres estaduais. Eles também decidiram evitar divergências com o presidente. Em reunião em março, Bolsonaro e João Doria (PSDB-SP) discutiram asperamente.
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A proibição do reajuste para todas as categorias, como defende o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem o apoio do governador Eduardo Leite (PSBD-RS). O tucano comentou sobre o tema no Twitter:
Publicidade“Consta que na reunião prevista para quinta-feira, entre o presidente da República e governadores, seremos questionados em relação ao veto à possibilidade de reajustes salariais para servidores públicos. Se isso acontecer, manifestarei meu apoio a esse veto”.
Já o governador Gladson Cameli (PP-AC) se manifestou contrário ao veto e defendeu as exceções do congelamento estabelecidas pelo Congresso. “Contra. Defendo saúde e segurança”, afirmou ao Congresso em Foco.
Para Wellington Dias (PT-PI), o mais importante é que os recursos cheguem logo ao caixa dos estados e municípios. “A decisão de sancionar sem veto ou de vetar é própria do presidente. A decisão por ele adotada, nós governadores vamos cumprir. O mais importante para o Piauí e para o Brasil é sancionar logo é pagar imediatamente”, declarou.
“O texto é fruto de acordo no Congresso e, exceto esta parte dos servidores que o Congresso não negociou com o governo federal, o restante do texto foi acordado com o ministro Paulo Guedes e líderes do Governo na Câmara e Senado. A demora está levando a dificuldades para cumprir investimentos em andamento para evitar colapso e pode levar a atraso na folha de pagamentos de vários Estados e municípios”, completou o petista. O auxílio a estados e municípios faz parte das ações do governo para tentar minimizar os dados econômicos causados pela crise decorrente da pandemia.
Bolsonaro revoltado após ouvir criticas de Doria na reunião entre governadores do sudeste com o presidente pic.twitter.com/wZzjCBAalH
— Glauber Macario (@glaubermacario) March 25, 2020
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