O relator da reforma tributária, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), disse nesta segunda-feira (3) que o impasse sobre a comissão mista que discutirá a unificação das propostas da Câmara, do Senado e do governo deverá ser desfeito até amanhã (4). Um grupo de deputados não aceita a paridade no número de cadeiras com os senadores e pede mais assentos no colegiado. O argumento é de que os deputados estão sub-representados.
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Primeiro semestre
Na entrevista coletiva, da qual o Congresso em Foco Premium participou, Aguinaldo afirma que tem convicção de que a reforma sairá até o meio do ano. “Teremos a reforma aprovada ainda no primeiro semestre”, declarou o deputado, que é relator da reforma tanto na Câmara quanto na comissão mista.
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Plenário tão esvaziado quanto governo
Otimista quanto as pautas reformistas que os congressistas votarão no decorrer do ano, o líder da maioria, quando questionado sobre o esvaziamento do governo na solenidade de abertura dos trabalhos legislativos, se mostrou menos empolgado com as prioridades do Executivo. “Eu não vou fazer esse juízo de valor. O que eu posso dizer é o seguinte, eu acho que nós temos hoje uma expectativa em relação a agenda do parlamento. O parlamento demonstrou no ano passado a sua responsabilidade para com o país. Nós vamos tocar a agenda que o país precisa”, disse Agnaldo.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em seu discurso na solenidade partiu pelo mesmo caminho e salientou as conquistas do Parlamento no ano passado, como a aprovação da reforma da Previdência, o pacote anticrime e o orçamento impositivo.
“Esta é uma legislatura especial, que teve um começo vitorioso. E não se trata de uma vitória trivial, do sucesso de governo sobre oposição ou de um partido sobre outro: trata-se de uma vitória do poder Legislativo. O Congresso está passando a ocupar um lugar que é seu por direito, como epicentro do debate e da negociação em torno das questões vitais para o desenvolvimento”, afirmou.
Maia acredita que o parlamento se unirá para aprovar medidas necessárias para o país, como as reformas tributária e administrativa. “Há o desafio de levar ao nosso povo as promessas de solidariedade e bem-estar social que tornarão nosso país menos injusto e mais fraterno. O momento que o país atravessa é de grave crise fiscal. Ele nos remete a um único caminho: o da responsabilidade fiscal, que permitirá em curto prazo que gastemos menos com a estrutura do Estado e mais com políticas sociais para nossa população”, afirmou.
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