A líder indígena Sônia Guajajara, coordenadora executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), afirmou nesta quinta-feira (23) que vai à Justiça contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pelo crime de racismo.
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A decisão foi tomada após o militar afirmar ontem, durante live sobre o Conselho da Amazônia, que o “índio está evoluindo” e que “cada vez mais é um ser humano igual nós”.
“Nós, povos indígenas, originários desta terra, exigimos respeito! Bolsonaro mais uma vez rasga a Constituição ao negar nossa existência enquanto seres humanos. É preciso dar um basta à esse perverso!“, disse Guajajara no Twitter.
A @apiboficial entrará na justiça contra Jair Bolsonaro por crime de racismo. Nós, povos indígenas, originários desta terra, exigimos respeito! Bolsonaro mais uma vez rasga a Constituição ao negar nossa existência enquanto seres humanos. É preciso dar um basta à esse perverso!
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Publicidade— Sonia Guajajara (@GuajajaraSonia) January 24, 2020
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A fala de Bolsonaro provocou comentários também de parlamentares da oposição. A deputada Sâmia Bonfim (Psol-SP), por exemplo, chamou o militar de “fascista ignorante e nojento“.
Esse homem um dia vai pagar pelo mal que faz ao país. Fascista ignorante e nojento.https://t.co/5kWTX506Qz
— Sâmia Bomfim (@samiabomfim) January 23, 2020
Já o senador Fabiano Contarato (Rede-ES), afirmou que a fala de Bolsonaro foi racista e que ele não respeita as tradições indígenas, além de estimular a invasão em suas terras. “O que mais falta ele falar ou fazer? Temos de rejeitar, veementemente, essas agressões!”, completou.
1. Preconceituoso, racista e inaceitável este comentário do Presidente! Ele não respeita os indígenas e as suas tradições! Estimula a invasão de suas terras! O que mais falta ele falar ou fazer? Temos de rejeitar, veementemente, essas agressões!https://t.co/BL9vGEL9l6
— Fabiano Contarato (@ContaratoSenado) January 24, 2020