O líder kayapó Ropni Metyktire, mais conhecido como cacique Raoni, 90 anos, recebeu alta médica no último sábado (25), em Sinop (MT). Ele havia dado entrada no Hospital Dois Pinheiros, com um quadro de hemorragia digestiva, no último dia 18.
Essa foi a segunda unidade hospitalar onde recebeu cuidados. Em um primeiro momento, no dia 16 de julho, foi encaminhado de sua aldeia, na terra indígena Capoto-Jarina, para um hospital em Colíder (MT). Na ocasião, já apresentava sintomas de desidratação.
Durante o período de internação, o líder kayapó foi submetido a uma transfusão de sangue e a uma bateria de exames, que detectou úlceras intestinais, inflamação no cólon, fibrilação atrial crônica e enfisema. Como consequência do sangramento digestivo, desenvolveu anemia em nível grave.
Em entrevista realizada na manhã de ontem (25), o médico Douglas Yanai afirmou que o líder indígena chegou abatido ao hospital e que suspeita que a morte da companheira do cacique, Bekwyjkà Metuktire, no mês de junho, tenha relação com os problemas de saúde desencadeados. “Agora estou curado e queria dizer que a doença chega em qualquer dia e acomete alguém da nossa família. Queria que todas as pessoas pensassem nisso e pudessem amar, respeitar o outro, porque a gente não sabe o dia de amanhã, se nossos amigos vão ficar doentes”, afirmou o líder, em coletiva de imprensa.
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Cacique Raoni é uma liderança de forte influência e que mantém interlocução com diversas figuras de semelhante proeminência, como o Papa Francisco. Reconhecido pelas mobilizações em prol dos povos indígenas e da floresta amazônica.
*Com informações da Agência Brasil
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