A cada eleição retornam à mesa de discussão assuntos que persistem insolúveis não só no Brasil como pelo mundo.
Os candidatos, aproveitando o desconhecimento dos eleitores, retomam ultrapassados conceitos para provocar embates midiáticos, mantendo as divergências em destaque e deixando de lado as profundas mudanças que devem ser realizadas pelo eleito.
Os legisladores atravancam o desenvolvimento do país, impedindo soluções evidentes e indispensáveis em troca de cargos nos governos de forma a garantir parcelas do poder que lhes foi concedido pelo eleitor.
O utópico desejo de se conseguir a paz só persiste pela força de pacifistas, que acreditam que poderão transformar o mundo no paraíso prometido por deuses de várias crenças.
É assim que até hoje não se encontrou fórmula para resolver questões tais como:
Aborto – A mulher desde sempre, e, naturalmente, engravida. Para muitas, a gravidez é a realização de sonho e a certeza de continuidade da humanidade; para outras, é condição não desejada por circunstâncias sociais, econômicas, fruto de violência sexual e, até mesmo por vaidade. Não há solução!
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Posse e porte de armas – O homem usou armas para caçar e defender-se de animais selvagens. Com a evolução, a disputa por parceiras, terras, comida e habitação provocaram o uso de armas; e, também, para ameaça e agressão. Não há solução!
Guerras – Fazem parte da história mundial. Depois da Grande Guerra, com a criação da Organização das Nações Unidas (ONU), os conflitos deixaram de ocorrer com envolvimento global, mas continuaram produzindo mortes e destruição por questões religiosas, econômicas e estupidez de governantes. Não há solução!
Deuses – Múltiplas religiões e crenças adoram deuses, acreditando na força da fé para solucionar seus problemas e, depois da morte, subir aos céus. Não há como controlar e evitar conflitos entre os crentes. Não há solução!
Estupro – Violência terrível praticada para humilhar pessoas fragilizadas e, ainda, para demonstrar força contra adversários derrotados e repetido de igual modo em revanche. Mesmo com penas de morte, permanece entre povos civilizados ou não. Não há solução!
Penas rigorosas para criminosos – Morte, mutilação, tortura, trabalho forçado, confinamento, prisão perpétua e tantos outros métodos criados para conter crimes em nada resolveram a questão da violência e da criminalidade. Não há solução!
Drogas – O uso de drogas é problema milenar. Desde sempre o ser humano utilizou drogas para se divertir ou superar momentos difíceis. Muitos não se livram do vício e se transformam em párias ou criminosos. Não há solução!
Paz – Como tantas outras questões, a busca da paz é missão de governantes e de todas pessoas que desejam um mundo melhor. Nunca a obteremos. Não há solução!
Fidelidade na política – Quando vencedor, o político está cercado de pessoas que o ajudaram na eleição. Empossado, o ex-candidato começa a excluir os que não estavam diretamente envolvidos nos trabalhos. Logo, passa a falar que no seu governo só ficarão os profissionais credenciados a exercer as funções. Na escolha final, precisa encaixar aqueles que sabem os segredos. Ficam os confidentes, a família, mesmo sem cargos, e os que darão sustentação política.
A pior situação é dos confidentes; estes devem ser logo exonerados enquanto o governante está seguro do apoio popular. É arriscado, mas não tem solução!
Esses temas, diariamente expostos na mídia, são debatidos exaustivamente por estudiosos sem que se chegue à cura dessas chagas inerentes ao ser humano. É dever dos governantes e de cada cidadão tentar minimizar os efeitos de tantas desgraças, mas não prometer solução milagrosa. Se o mundo não acabar, sofreremos essas mazelas até o fim dos nossos dias.
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