O Psol entrou, nesta quinta-feira (5), com pedido de cassação na Corregedoria da Câmara contra os deputados Jovair Arantes (PTB-GO), Cristiane Brasil (PTB-RJ), Wilson Filho (PTB-PB) e Paulo Pereira da Silva (SD-SP), Paulinho da Força. Os quatro são alvos da Operação Registro Espúrio, que hoje chegou à sua terceira fase envolvendo um quinto deputado, Nelson Marquezelli (PTB-SP).
Os cinco tiveram seus gabinetes vasculhados pela Polícia Federal em busca de indícios de sua participação no esquema de corrupção relacionado à concessão irregular de registro sindical. Embora seja citado no documento, Marquezelli ficou de fora da representação porque, segundo o Psol, ainda são praticamente desconhecidos os motivos que levaram à batida em seu gabinete. O nome do deputado, porém, poderá ser incluído caso sejam reveladas as suspeitas contra ele.
Segundo a PF, importantes cargos da estrutura do Ministério do Trabalho foram preenchidos com “indivíduos comprometidos com os interesses do grupo criminoso, permitindo a manutenção das ações ilícitas praticadas na pasta”. O ministro Helton Yomura foi afastado do cargo nesta quinta por determinação de Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF). Para a Polícia Federal, Yomura era “testa de ferro” dos caciques petebistas como Cristiane Brasil e Roberto Jefferson.
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“De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o esquema de fraudes nos registros sindicais funcionava em secretarias do Ministério do Trabalho responsáveis pela análise de pedidos de registro. As fraudes, de acordo com as investigações, incluíam desrespeito à ordem cronológica dos requerimentos de registro sindical e direcionamento dos resultados dos pedidos. Pagamentos envolviam valores que, segundo a investigação, chegaram a R$ 4 milhões pela liberação de um único registro sindical”, cita a representação entregue pelo Psol.