A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (26), operação que apura indícios de desvio de recursos públicos destinados ao atendimento do estado de emergência de saúde pública decorrente da pandemia de covid-19. A Operação Placebo mira o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC). Uma equipe de policiais federais chegou de Brasília à capital fluminense por volta das 5h30 e se deslocou para o Palácio das Laranjeiras, residência oficial do governador. A antiga residência ocupada por Witzel e o escritório de advocacia da mulher dele, Helena Witzel, também são alvos de busca e apreensão.
Os agentes também vasculham a casa do ex-subsecretário de Saúde Gabriell Neves, preso no último dia 7.
A Operação Placebo investiga a suspeita de desvios ligados ao Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde para a construção de hospitais de campanha para enfrentamento da covid-19.
A PF afirma que foi identificado um esquema de corrupção envolvendo uma organização social contratada para a instalação de hospitais de campanha e servidores da cúpula da gestão do sistema estadual de saúde.
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Ao todo, participam da operação 15 equipes da PF, que cumprem 12 mandados de busca e apreensão, dez na cidade do Rio e dois em São Paulo.
No último dia 14, a PF desencadeou a Operação Favorito, que apreendeu R$ 2 milhões com suspeitos de participarem de um esquema de fraudes em contratos de prestação de serviço para Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) firmado entre o governo estadual e organizações sociais (OSs) de saúde.
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