A Polícia Federal cumpre 23 mandados de prisão e 44 de busca e apreensão no Rio e em São Paulo em operação derivada da Lava Jato. A Fatura Exposta investiga empresas multinacionais que forneciam material hospitalar, suspeitas de terem fraudado licitações na saúde e formado cartel em negócios com o governo estadual. Entre os alvos estão o empresário Miguel Iskin e seu sócio Gustavo Estellita, dono de fornecedoras de equipamentos médicos e próteses ao Estado, e dois executivos da Phillips.
Os investigados tiveram seus bloqueados no valor de R$ 1,2 bilhão. Um dos mandados de busca e apreensão é cumprido no apartamento do ex-secretário de Saúde Sérgio Côrtes.
Iskin é apontado como líder do “clube do pregão internacional”, que, segundo a PF, cartelizava e desviava recursos no fornecimento de próteses e equipamentos médicos por meio de fraudes em licitações.
O esquema foi descoberto em abril do ano passado. Os policiais e procuradores suspeitam que foram desviados R$ 300 milhões dos cofres públicos. Na ocasião, Iskin chegou a ser preso. Mas ele foi liberado pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).