Uma investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) apura a existência de um esquema de corrupção na Prefeitura do Rio, que aponta para a possível interferência do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) no resultado do Carnaval de 2018. A atuação foi para reverter o rebaixamento das escolas Império Serrano e Grande Rio.
De acordo com informações do O Globo, o empresário Rafael Alves, apontado pelo MP como peça-chave do esquema de corrupção na prefeitura, cobrou propina e direcionou a prefeitura a escolher fornecedores e empresas para o carnaval, além de interferir nos resultados da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa).
Segundo a investigação, Rafael se aproximou de fornecedores do município em 2016, quando atuava na campanha de Marcelo Crivella. O empresário também conseguiu uma vaga para Marcelo Alves, seu irmão, na presidência da Riotur, órgão que estendeu a rede de atuação dele com agentes do carnaval.
Os promotores afirmam que “inexiste dúvida que os reiterados pleitos de Rafael Alves, pessoa absolutamente estranha aos quadros da administração municipal, são prontamente atendidos por Marcelo Crivella, ainda que isso implique na revisão de atos legitimamente praticados por servidores municipais atuando em defesa do interesse público”.
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Sob holofotes
Essa semana a prefeitura do Rio de Janeiro foi alvo de operação que apura esquema de corrupção envolvendo o prefeito e membros do primeiro escalão de sua gestão. Foram expedidos 22 mandados de busca e apreensão, que foram cumpridos em endereços residenciais e funcionais na capital.
A operação é consequência de um inquérito policial que investiga uma “possível organização criminosa e esquema de corrupção no âmbito da administração municipal carioca”, explica o MPRJ por meio de nota. A ação foi um desdobramento da Operação Hades realizada em março deste ano.
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