O ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) foi preso na manhã desta sexta-feira (25) em sua residência, em Curitiba. A prisão temporária (por tempo indeterminado) foi decretada pelo juiz Paulo Sérgio Ribeiro, da 23ª Vara Federal de Curitiba, que também mandou prender Dirceu Pupo Ferreira, contador da ex-primeira-dama Fernanda Richa.
O pedido foi feito pelo Ministério Público Federal com base nas revelações da Operação Integração. Uma das etapas da Lava Jato, a operação identificou a movimentação de R$ 55 milhões em propina na concessão de rodovias do chamado Anel de Integração do Paraná. O tucano é investigado por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
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Em setembro, quando era candidato a senador, Richa foi preso por três dias em operação da Polícia Civil que apurava o envolvimento de agentes públicos em esquema de superfaturamento de contratos para manutenção de estradas rurais. Acabou liberado pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na ocasião, também foram presos Fernanda Richa, Deonilson Roldo, chefe de gabinete do ex-governador, e outros 12 investigados.
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De acordo com o Ministério Público Federal, dois esquemas de corrupção funcionaram durante as obras do Anel de Integração. O primeiro, iniciado em 1999, somou o pagamento de R$ 35 milhões até 2015 por meio de uma espécie de mensalinho.
Outros R$ 20 milhões foram movimentados entre 2011 e 2014, segundo as investigações. Nesse esquema, agentes do governo estadual cobravam 2% de cada contrato do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná. Segundo o Ministério Público, os desvios também beneficiariam Pepe Richa, irmão do ex-governador, preso em setembro na Operação Integração II.
As denúncias abalaram a popularidade do tucano. Eleito governador em 2010 e 2014 no primeiro turno, Beto Richa ficou apenas na sexta colocação na disputa ao Senado em 2018, quando recebeu 377.872 votos.
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