A Corregedoria do Conselho Nacional do Ministério Público atendeu parcialmente pedido feito pelo PT e instaurou processo disciplinar contra os procuradores Deltan Dallagnol e Roberson Pozzobom, da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba. A decisão foi tomada pelo corregedor Orlando Rochadel Moreira nesta terça-feira (16). Ele determinou que os procuradores sejam notificados e apresentem as defesas em dez dias.
O pedido de abertura de processo disciplinar foi feito com base nas reportagens publicadas no final de semana pelo site The Intercept Brasil e pelo jornal Folha de S. Paulo, apontando que Dallagnol e Pozzobon discutiam estratégias para fazer eventos e palestras como forma de lucrar com fama gerada pela Operação Lava Jato.
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A Corregedoria do CNMP admitiu que existe elementos suficientes para iniciar a investigação sobre a conduta dos membros do Ministério Público, mas ainda não houve nenhum tipo de julgamento de mérito.
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“Com efeito, neste momento inicial, é necessária análise preliminar do conteúdo veiculado pela imprensa, notadamente pelo volume de informações constantes dos veículos de comunicação”, mencionou o Rochadel Moreira, no documento. Segundo ele, a admissão da representação disciplinar vai servir para “melhor fixação de pontos a serem elucidados em eventual Sindicância”. O Partido dos Trabalhadores havia pedido instauração imediata de Sindicância, mas este ponto foi negado pelo corregedor.
No final de junho o mesmo corregedor decidiu pelo arquivamento de outro processo semelhante contra Dallagnol, também com base nas reportagens divulgadas pelo site The Intercept. Ao analisar o caso, o corregedor entendeu que, mesmo diante de dúvidas sobre a veracidade das conversas, não houve nenhuma conduta ilegal de Deltan no caso.
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