Nas redes sociais, números importam – e importam tanto que, nesta segunda-feira (14), geraram a ira de perfis ligados à direita e à extrema-direita no Twitter. Uma aparente limpeza de perfis feita pela rede social, que afetou o número de seguidores de deputados bolsonaristas e personalidades próximas ao governo gerou chiadeira durante toda a tarde.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, lembrou a lei da Polônia para cobrar que o governo intervenha e proíba o Twitter de fazer tais ações.
Perdi hoje cerca de 15.000 seguidores no Twitter repentinamente.
Sem qualquer explicação para seus clientes as Big Tech fazem o que querem e o temor é que em 2022 isso piore.
PublicidadeGov. Federal precisa urgentemente publicar decreto e enviar MP ao Congresso p acabar com esses abusos.
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) June 14, 2021
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PublicidadeO governo do presidente Jair Bolsonaro já estudava, há algumas semanas, a publicação de um decreto que impedia as redes sociais de apagar posts que fossem considerados ofensivos e inverídicos. Apesar de o Ministério do Turismo ter confirmado que analisou a proposta, ela ainda não foi tornada oficial pelo poder Executivo.
Outro que reclamou de maneira semelhante foi o deputado Carlos Jordy (PSL-RJ):
Algo muito estranho acaba de acontecer no meu Twitter. Até algumas horas atrás eu estava com 488 mil seguidores e, repentinamente, caiu para 475 mil. Twitter está retirando meus seguidores ou excluindo contas em massa?
— Carlos Jordy (@carlosjordy) June 14, 2021
Outras figuras sem cargo eletivo, como Sandra Terena, também sentiram os efeitos de alguma ação do Twitter. A ex-secretária Nacional da Igualdade Racial de Damares Alves também pediu uma ação contra a plataforma.
Na madrugada, de forma silenciosa o Twitter Brasil retirou quase 4 mil seguidores da minha conta. Além, disso, eles também tem diminuído drasticamente o alcance das minhas postagens. A plataforma precisa ser fiscalizada. pic.twitter.com/sAZXkeACUM
— Sandra Terena (@sandraterena) June 14, 2021
Uma das explicações prováveis é que a plataforma tenha feito uma varredura para excluir contas consideradas inautênticas, chamadas de “bots”. O Twitter não foi encontrado para comentar a questão.
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