Depois de ser chamado de “homofóbico”, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) deu voz de prisão a duas estudantes de artes cênicas da Universidade de Brasília (UnB) no Anexo II da Câmara nesta segunda-feira (2). As universitárias foram levadas pela Polícia Legislativa, prestaram depoimento e foram liberadas depois de três horas.
Segundo a assessoria do deputado, as estudantes teriam ofendido diretamente o parlamentar chamando-o de “homofóbico”, “racista”, dentre outros. Bolsonaro, que é réu por apologia ao estupro, não teria respondido diretamente, apenas chamou a Polícia Legislativa para que levasse as universitárias.
Meimei Bastos, uma das estudantes, afirmou em vídeo que passou por uma situação “constrangedora e humilhante”. “Aquele deputado machista, que diz que mulher merece ser estuprada, se sentiu ofendido com algo que eu disse, acabou dando voz de prisão para mim e para a minha amiga e passamos por uma situação humilhante”, disse a universitária.
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A outra estudante, identificada apenas como Tainá, afirmou que estava protestando com mais um amigo. Segundo ela, o rapaz não recebeu o mesmo tratamento dado às mulheres. “Depois de toda essa situação e do Bolsonaro pedir a voz de prisão, só deram (voz de prisão) para nós, que somos negras”, contou Tainá.