O presidente Michel Temer, desde que assumiu o mandato, tem sido alvo de campanhas contrárias ao seu governo e à proposta “Ponte para o Futuro”, apresentada antes do afastamento de Dilma.
Muitas das medidas essenciais ao desenvolvimento do país foram aprovadas pelo Congresso Nacional até o escândalo proporcionado pelo gravador-delator Joesley Batista, que, afinal, afastou parlamentares que estavam decididos a enfrentar desgastes para avançar nas reformas necessárias ao país.
As denúncias contra próceres do então PMDB, com a consequente abertura de inquéritos nas cortes superiores, fragilizaram o governo e fortaleceram os interesses individuais de olho nas futuras eleições.
Temer entrou para o outro lado do paraíso: o inferno. Do lado de lá, o presidente foi transformado em pecador e espetado pelo tridente do diabo. O caldeirão incandescente do pior lugar do universo recebeu o suposto pecador para fritá-lo sem dó nem piedade.
Mesmo sem autorização de sair do forno, Temer debateu-se e conseguiu superar as flechas incendiárias arremessadas por um dos anjos do mal que surgem em nossas vidas, tentando aniquilar seres, que podem purgar as suas faltas com novos procedimentos, e retornar, senão ao paraíso, ao menos à praça de guerra que se instalou após a derrocada dos governos petistas.
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Se Temer tivesse ocupado o lugar de um liberal como Fernando Henrique, o seu governo seria menos combatido, e a oposição se prepararia para substituí-lo dentro do processo democrático e, talvez, com apoio de tradicionais petistas, seria reeleito.
Durante esses dois anos de governo, Michel Temer tem se esforçado em seus discursos a demonstrar o que de bom e correto foi implantado no período. Apesar do esforço de aliados fervorosos, sua fala raramente é repercutida nos meios de comunicação, apesar de sustentada por fatos incontestáveis, tanto na área social, como na política e na economia.
A cada notícia atingindo membros do governo, a popularidade do presidente se mantém rés- do-chão, manchetes escandalosas invadem o imaginário popular direcionando as críticas ao responsável pelas nomeações para cargos públicos. Tudo é culpa de Temer.
Em entrevista do presidente à rádio oficial, Temer tratou de todos os assuntos relacionados ao seu mandato sem deixar de responder perguntas de qualquer natureza. Esta entrevista foi o sinal de que o presidente recuperou o seu discurso e se dispôs, novamente, a enfrentar o demônio que o atormenta.
Após esta volta à arena dos leões, a Rede Globo, encerrando o “Outro lado do Paraíso”, abriu espaço para nosso principal ator para atuar no seriado “Onde nascem os fortes”, determinando à CBN, braço radiofônico da empresa, entrevistar Temer com a participação de um dos mais duros críticos do governo: Kennedy Alencar.
Na entrevista, Temer, tal qual se comportou nas que deu às demais emissoras, não se intimidou e deixou a impressão de que, agora, sabe-se lá a razão, a Globo começou a costear o alambrado, reconhecendo que o governo de Michel Temer pode não ser o melhor do mundo, mas é o que mais reformas fez em curto espaço de tempo, levou o país ao fortalecimento da economia, sem deixar de atender, minimamente, os programas sociais que protegem a população carente.
Como o apoio popular atingido pela influência “Global”, Temer e a Lava Jato continuarão atravessando a ponte para o futuro.
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