Após anunciar seu afastamento do governo do Rio Grande do Sul, o pré-candidato do PMDB à presidência, Germano Rigotto, aproveitou o Carnaval para fazer campanha no Rio de Janeiro, em plena Marquês de Sapucaí.
Assíduo freqüentador da folia carioca, Rigotto assistiu pela sétima vez o desfile das escolas de samba, que também contou com a presença de outro pré-candidato ao Planalto, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
Percebendo a concorrência, o gaúcho aproveitou para disparar criticas à polarização da disputa presidencial em torno de PT e PSDB. Disse que o fraco desempenho da economia brasileira nos últimos anos é resultado da política econômica encampada na gestão desses dois partidos e defendeu que o PMDB, que desde 2003 faz parte do governo Luiz Inácio Lula da Silva, tende a ser uma terceira via para o eleitorado.
“A culpa por esse resultado medíocre deve ser dividida entre os governos de Lula e de Fernando Henrique Cardoso. Os dois seguiram políticas muito parecidas. É por isso que o Brasil precisa de uma nova alternativa”, afirmou.
A disputa no PMDB está acirrada. Além de Rigotto, o ex-governador do Rio Anthony Garotinho também está na briga. As pesquisas de opinião apontam mais votos para Garotinho em uma eventual disputa com Lula. Mas, dentro do partido, o governador do Rio Grande do Sul leva vantagem. A escolha do candidato será definida em março, nas prévias do partido.
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Outra corrente, liderada pelos senadores Renan Calheiros (AL) e José Sarney (AP), defende que o PMDB continue na base de Lula. Dessa forma, o partido poderia pleitear, facilmente, a vaga de vice na chapa petista.
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