Deputado Índio disse que foi surpreendido com o convite para disputar como vice de Serra
Thomaz Pires
O candidato a vice-presidente na chapa do tucano José Serra à Presidência da República, Antônio Pedro de Siqueira Índio da Costa, tem 39 anos e exerce seu primeiro mandato federal pelo DEM do Rio de Janeiro. Índio da Costa é afilhado político do ex-prefeito César Maia (DEM) e está no primeiro mandato como deputado federal. Índio somou 91.538 votos (1,15% dos votos válidos) na disputa eleitoral de 2006.
O deputado formou-se em Direito na Universidade Cândido Mendes e fez especialização em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele atuou como assessor do Conselho Municipal de Desenvolvimento, no Rio de Janeiro, em 1993, e foi administrador regional (“prefeitinho”) do Parque do Flamengo. Também foi assessor do gabinete de César Maia na prefeitura.
Índio foi vereador por três mandatos (1996-2000; 2001-2004; 2005-2007). Assumiu o mandato na Câmara dos Deputados em fevereiro de 2007. Na Casa, já integrou as Comissões de Finanças, Orçamento e Fiscalização Financeira; Constituição e Justiça; Educação e Cultura e Turismo.
O parlamentar foi coautor da política de turismo da cidade do Rio de Janeiro. Atualmente, é membro titular Comissão de Constituição e Justiça, a mais importante da Casa.
Índio ganhou projeção nacional como relator do grupo de trabalho que analisou o projeto ficha limpa, que impede as candidaturas de políticos com condenações judiciais em órgãos colegiados. Dois anos antes, havia sido sub-relator da CPI dos Cartões Corporativos.
O deputado começou sua vida partidária no PFL, no qual permaneceu entre 1995 e 1999. Naquele ano passou para o PTB, de Roberto Jefferson. Em 2001, voltou ao PFL e segue na sigla, rebatizada de Democratas (DEM).
Segundo reportagem publicada em 4 de julho de 2010 pelo jornal Folha de S. Paulo (página A14), como vereador, ele apresentou projeto de lei para proibir a esmola na cidade do Rio de Janeiro. “Quem doar esmola pagará multa a ser definida”, previa o projeto, que, conforme o jornal, foi considerado inconstitucional e terminou sendo arquivado.
De acordo com a mesma matéria, Índio da Costa também defendeu ideias polêmicas como deputado federal. Em 5 de dezembro de 2007, defendeu a realização de plebisicto “para saber se a sociedade é favorável à pena de morte para narcotraficantes”. Em 18 de novembro de 2009, manifestou-se contra a exploração de petróleo nas camadas de pré-sal.
“Sou contra a retirada de petróleo abaixo da camada de sal porque gera cinco vezes mais gás carbônico do que a extração normal de petróleo. É melhor a humanidade continuar viva que o Brasil enriquecer e as pessoas morrerem”, afirmou em discurso.
Matéria publicada às 18h05 de 30.06.2010. Atualizada às 21h de 04.07.2010.
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