Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (7), o ministro da saúde Marcelo Queiroga criticou os médicos e secretários de saúde do Conselho de Secretários Municipais de Saúde de São Paulo (Cosems-SP) que o denunciaram no dia anterior ao Conselho Federal de Medicina (CFM) por descumprimento da ética da profissão ao tratar da campanha de vacinação pediátrica contra a covid-19.
Para o ministro, não há interesse dos denunciantes em de fato ajudar no enfrentamento da pandemia. “Se esses colegas quisessem ajudar, deveriam estar trabalhando na ponta, fazendo como eu. Estou trabalhando aqui para o povo brasileiro diuturnamente. (…) Eu pergunto a vocês que estão me denunciando: quantas doses de vacinas vocês distribuíram? Nenhuma”, exclamou.
Queiroga também afirmou não estar preocupado com a denúncia. “Ótimo, podem denunciar. (…) O ministério tomou todas as providências devidas, então não temos nada a temer”, declarou. A denúncia em questão aponta seis violações éticas do ministro, acusado de ter tentado deliberadamente atrasar a vacinação de crianças de cinco a onze anos, e descredibilizar o estudo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária que autoriza a aplicação do imunizante.
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O chefe da pasta afirma que não houve descumprimento de norma ética uma vez que a decisão de submeter a vacinação de crianças à consulta pública foi amparada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em seguida, atacou o PT, partido que abriu o pedido na Corte para que a campanha vacinal de crianças fosse analisada. “Essa ação foi feita por um partido, geralmente são partidos de esquerda que no passado nada fizeram pela população brasileira, e nós aqui estamos fazendo”.
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