O PSDB fez uma representação contra o ex-ministro da Saúde e pré-candidato a governador de São Paulo Alexandre Padilha por suposta improbidade administrativa. O motivo são revelações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Em mensagem de celular, o deputado André Vargas (ex-PT-PR) disse ao doleiro Alberto Youssef, preso pela PF, que fora o então ministro quem indicara um ex-assessor do governo para trabalhar como diretor no laboratório Labogen.
A empresa, que a polícia sustenta ser do doleiro, firmou uma parceria com o Ministério para produzir um medicamento, negócio que foi cancelado após a operação ser deflagrada. A indicação coincidiu com a época em que o laboratório pleiteava a parceria com o governo. Padilha negou ter feito a indicação. Depois da revelação, André Vargas negou o que dissera na mensagem.
A representação foi protocolada pelo líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), para quem a indicação é certa e merece ser considerada suspeita. “O próprio ato de um ministro de Estado indicar um ex-assessor para ocupar um posto de administração em uma empresa privada já gera suspeitas de violação aos princípios da Administração Pública”, disse ele. “Quando essa indicação ocorre justamente em meio ao processo de formalização de um contrato entre o ministério e a empresa, essas suspeitas assumem gravidade extrema.”
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O nomeado para ocupar o cargo no Labogen era ex-assessor de Coordenação de Eventos do Ministério da Saúde, Marcus Cezar Ferreira de Moura. A representação do PSDB pede investigação contra ele e dois servidores da pasta, o diretor de Produção Industrial e Inovação, Eduardo Valadares Oliveira, e o secretário de Ciência Tecnologia e Insumos Estratégicos, Carlos Gadelha.
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