As suspeitas surgiram em depoimentos de investigados na Operação Lava Jato, mas a PGR pediu que o inquérito não seja remetido ao ministro Teori Zavascki, relator dos processos oriundos da operação no Supremo. Para a procuradoria, as acusações não estão relacionadas com os desvios de recursos da Petrobras, principal linha de investigação da Lava Jato.
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O caso já foi enviado para o presidente do STF, Ricardo Lewandoski, para a redistribuição. A investigação deve ficar sob sigilo. A escolha do relator deve ocorrer nesta terça.
Após ser informado do pedido de abertura de inquérito, Agripino disse que a acusação é absurda, inverídica e descabida. O parlamentar se colocou à disposição do Judiciário para prestar esclarecimentos.
Inspeção veicular
PublicidadeAgripino já é alvo de investigação pelo STF. Ele é suspeito de envolvimento em negociação de propina com um empresário de Natal, que abrange ainda outros políticos, para aprovação de leis. Um instituto foi criado pelo empresário George Olímpio para prestar serviços de cartório ao Detran, que cobrava taxas de cada carro financiado no Estado. Olímpio teria pago propinas para agilizar a aprovação da inspeção veicular, da qual se beneficiaria.
Em delação premiada, o empresário afirmou que Agripino pediu R$ 1 milhão para campanhas e que interpretou o pedido como uma chantagem: se o dinheiro não fosse dado, Olímpio perderia o controle da inspeção veicular.
Ele disse que entregou parte do dinheiro, R$ 300 mil, e fez empréstimos com pessoas indicadas por Agripino para completar a quantia de R$ 1 milhão. O senador nega envolvimento.
Com informações da Agência Brasil e Folha de S.Paulo