A eleição de 2008 para a prefeitura de Caxias (MA) ocorreu sem fraudes. Essa é a conclusão de um laudo técnico divulgado pela Polícia Federal, divulgado no início da semana. A corporação afirma que "não foram identificados sinais de violação física nos lacres e nos componentes físicos das urnas eletrônicas" usadas na cidade. Com isso, cai a tese de dois peritos, contratados pela da ex-prefeita Márcia Marinho (PMDB), derrotada em outubro passado, que disseram que urnas eletrônicas foram adulteradas dois dias antes do pleito.
Assinado pelos peritos criminais federais Cláudia Gonçalves Duarte e Diogo Cunha, o laudo atesta que foram recebidas para exame nove urnas eleitorais modelo 1998 e uma urna modelo 2000 que, supostamente, teriam sofrido algum tipo de fraude na votação do dia 5 de outubro no município. De acordo com o texto assinado pelos profissionais, não houve divergências entre os resumos digitais dos arquivos contidos nas urnas eletrônicas publicados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e os dados gerados a partir dos arquivos extraídos das urnas eletrônicas.
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Os peritos não identificaram programas fraudulentos nem adulterações dos programas da Justiça Eleitoral nas urnas recolhidas para perícia. Eles também não encontraram arquivos contaminados por vírus nem inserção fraudulenta de programas nas urnas. Segundo os técnicos, as urnas possuem instrumentos que permitem a verificação quanto a ocorrência de fraudes e um mecanismo de segurança baseado em assinaturas digitais.
O Congresso em Foco mostrou que, apesar de o TSE reafirmar a segurança das urnas, especialistas na área apontam que as eleições de 2008 tiveram vários indícios de fraudes. Um deles era em Caxias. Outro é em Aracaju (SE), onde o senador Almeida Lima (PMDB-SE) entrou com uma representação no Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE-SE) denunciando supostas fraudes nas urnas que teriam beneficiado seu adversário. Leia aqui. (Mário Coelho)