O PDT alega que o assunto não deveria ser tratado por medida provisória por não ter a urgência exigida para o uso desse instrumento. Afirma, ainda, que a privatização deve ser discutida por projeto de lei no Congresso: “A via monocrática da medida provisória restringe a atividade democrática legislativa do Congresso Nacional”.
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Segundo a legenda, uma emenda constitucional (EC 6) de 1995, ao alterar o conceito de empresa nacional, promoveu alteração no conjunto normativo que ordenava o setor elétrico brasileiro, de forma a torná-lo atrativo aos investimentos estrangeiros na sua privatização. No entendimento do partido, a MP 817/2017 pretende fraudar o estatuto constitucional para implementar um novo modelo de exploração do sistema elétrico nacional.
Os pedetistas pedem concessão de liminar para suspender o trecho da MP que trata da privatização da Eletrobras até que a ação seja julgada em definitivo pelos ministros.
Recurso da AGU
A Advocacia-Geral da União entrou com recurso ontem para derrubar a liminar que suspendeu a realização de estudos para a privatização da Eletrobras. Decisão judicial suspendeu o artigo 3º da MP 814, que autorizava a realização de estudos para a privatização da empresa.
A AGU sustenta que a suspensão do artigo representa risco para a ordem econômica. O orçamento da União para 2018 prevê receita de R$ 18,9 bilhões de receitas do setor elétrico. Desse total, R$ 12,2 bilhões provenientes da concessão de usinas da Eletrobras, o que depende da privatização da estatal.
A Eletrobras é a maior holding do setor elétrico da América Latina e a 16ª maior empresa de energia do mundo, detendo 30,7% da capacidade de geração de energia do Brasil. Segundo o Ministério de Minas e Energia, o valor patrimonial da Eletrobras é de R$ 46,2 bilhões, e o total de ativos da empresa soma R$ 170,5 bilhões.
Com informações do STF
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