A Polícia Federal prendeu hoje (16) pela manhã Paulo Roberto Dalcol Trevisan, tio do empresário Luiz Antonio Vedoin, um dos sócios da Planam, principal empresa responsável pela máfia das ambulâncias. Paulo Roberto é acusado de ocultar provas. Ele foi detido em sua casa, em Cuiabá (MT), por volta das 6h.
Ontem Paulo Roberto foi detido pela PF quando tentava embarcar em um vôo para São Paulo. Na mala, haviam fotos e vídeos dos tucanos José Serra e Geraldo Alckmin em solenidades de entregas de ambulâncias. Existe a suspeita de que os documentos seriam vendidos para petistas em São Paulo. Paulo Roberto só foi liberado após prestar depoimento porque não havia uma ordem judicial contra ele. O mandado de prisão foi expedido durante a noite.
As informações passadas por Paulo Roberto à PF desencadearam a prisão de Luiz Antonio Vedoin, em Cuiabá, e dos petistas Valdebran Padilha e Gedimar Pereira Passos, em São Paulo. Valdebran e Gedimar estavam com R$ 1,7 milhão que seriam usados para a compra das fotos e vídeos.
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As prisões de Paulo Roberto Trevisan, Valdebran Padilha e Gedimar Pereira Passos são temporárias e válidas por cinco dias, podendo ser renovadas.
Alckmin acusa PT
Em solenidade de campanha em Brusque (SC), o candidato à Presidência da República Geraldo Alckmin insinuou que a direção nacional do PT está por trás do esquema de compra de dossiês.
Publicidade"Quando se vai ao submundo do crime, se encontra alguém do PT. É preciso mostrar o dinheiro, de onde isso veio, os criminosos, quem é o corruptor e a quem serve isso", disse o tucano.
O presidenciável voltou a afirmar que as fotos são falsas e que as ambulâncias eram entregues em pregões eletrônicos e não em solenidades.
"Será que alguém fez isso por livre e espontânea vontade, apenas porque deu na cabeça? R$ 1,7 milhão não caem do céu. Isso não é uma obra do acaso", argumentou Alckmin, enquanto desafiava qualquer um a apresentar as fotos. "Não vou discutir com criminoso", acrescentou.