O ex-prefeito de São Paulo integra a lista dos mais procurados pela Interpol e não pode entrar em vários países, como os EUA, sob o risco de ser preso. Em 2005, esteve preso por 40 dias, acusado de intimidar testemunha. Em novembro do ano passado, a Justiça da Ilha de Jersey o condenou a devolver R$ 45,8 milhões à Prefeitura de São Paulo por desvios de dinheiro nas obras da avenida Jornalista Roberto Marinho.
Cerca de 15 dias depois da revelação, no início de dezembro passado, Maluf foi a uma banca de jornal em São Paulo. Ao chegar à banca, o deputado cumprimentou o morador Roberto Machado, que respondeu ironicamente: “Bom dia, não esperava vê-lo andando na rua”.
Maluf respondeu: “Eu passeio muito”. Machado retrucou: “Só se for no Brasil”, fazendo referência à Interpol. Irritado, o deputado xingou Machado: “Você é viado?”. Machado levou o caso à delegacia e, de lá, a papelada subiu para o Supremo. No início deste ano, o STF arquivou a acusação. Mas há denúncias bem mais graves contra ele no Supremo. O deputado responde a duas ações penais (461 e 477) e a três inquéritos (2471, 3545, 3601), por crimes contra o sistema financeiro, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e crimes eleitorais.
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No inquérito 2471, os ministros aceitaram a denúncia segundo a qual o grupo de Maluf desviou o equivalente a US$ 1 bilhão da prefeitura por meio de obras como as da avenida Roberto Marinho. O deputado conseguiu reverter na Justiça a condenação, por compra superfaturada de frangos, que quase lhe impediu de tomar posse na Câmara em função da Lei da Ficha Limpa.
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