Patrimônio declarado ao TSE: R$ 1.434.510,54.
Valor da receita declarada na campanha de 2006: R$ 654.005,37.
Principais financiadores de campanha: Osmar José Serraglio, Nortox S/A, Sementes Sojamil Ltda, Norske Skog Pisa Ltda, Nereu Alves de Moura, Disam, Siviero Cereais e Transportes Ltda, Sollo Sul Insumos Agrícolas Ltda, Alimentos Zaeli Ltda, Campagro Insumos Agrícolas Ltda, Expoagro – Exportadora Agropecuária Ltda, Gráfica e Editora Posigraf S/A, Ernesto Alessandro Tavares, Amílcar Cavalcante Cabral e Tânia Maria dos Santos Serraglio.
Processos: não tem processos ativos.
Quem é
Em um intervalo de aproximadamente três anos, Osmar Serraglio deixou a condição de parlamentar mais procurado entre seus pares e pela imprensa para assumir a figura de um estranho no ninho em seu próprio partido. “Eu sou um pobre diabo no mundo, isolado”, define-se.
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Aos 60 anos, em seu terceiro mandato federal pelo Paraná, esse gaúcho de Erechim desafiou o PMDB no ano passado ao lançar sua candidatura antes mesmo de a legenda fechar questão em torno do nome de Michel Temer (PMDB-SP). Mesmo com a confirmação da candidatura do presidente do partido, Serraglio não desistiu da disputa e corre por fora como candidato avulso e guarda em segredo o nome de seus apoiadores. Em entrevista ao Congresso em Foco, em outubro, não poupou críticas ao deputado paulista, aos caciques partidários e apostou suas fichas na derrota de Temer (leia mais).
Primeiro-secretário da Câmara, espécie de prefeito da Casa, Osmar Serraglio é definido por companheiros como um parlamentar teimoso. Embora seja apontado como apenas a quarta força entre os quatro candidatos, não desiste. “Estou em campanha e tenho confiança na vitória”, disse.
Formado pela Faculdade de Direito de Curitiba, em 1971, o gaúcho começou na vida pública dois anos depois no sindicalismo ao exercer a presidência da Associação dos Professores do Paraná. Em seguida, foi secretário e vice-presidente da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Umuarama (PR).
Ainda nos anos 70, Serraglio entrou para o MDB, único partido de oposição que tinha permissão da ditadura militar para existir. Desde então, não deixou mais a legenda. Atualmente, o deputado é coordenador regional e membro do diretório estadual do PMDB.
Após anos militando no partido, o advogado assumiu seu primeiro cargo eletivo apenas em 1993, como vice-prefeito de Umuarama. Em 1999, chegou à Câmara para exercer o primeiro mandato federal. Em 2001, foi um dos vice-líderes do PMDB na Casa.
Mas foi no segundo mandato que Serraglio começou a despontar. Vice-líder do governo Lula no Congresso entre 2003 e 2004, foi escolhido como relator da CPI dos Correios, que investigou uma série de denúncias de corrupção na estatal relacionadas ao esquema do mensalão.
Como relator, contrariou a base governista ao pedir o indiciamento de mais de 100 pessoas, entre elas os ex-ministros Luiz Gushiken e José Dirceu e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. Indicado para o cargo com a chancela do Planalto, acabou a CPI literalmente carregado nos braços pela oposição, que comemorou o resultado das investigações do maior escândalo do governo Lula. De lá pra cá, porém, Serraglio perdeu o entusiasmo da oposição, que sinaliza apoio a Michel Temer.