O Psol vai entrar com uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) para garantir que as mensagens obtidas pelos hackers presos na Operação Spoofing não sejam destruídas, como sugeriu o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, nesta quinta-feira (25). O mesmo pode ser feito pelo PT no Supremo Tribunal Federal (STF).
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“O aviso de Moro de que vai destruir as gravações encontradas com hackers é criminoso.Isto é destruição de provas”, reclamou o deputado Ivan Valente (Psol/SOP), que promete acionar a PGR contra a decisão. “Isto é crime e só pode ser feito com autorização do juiz do caso”, explicou Valente.
“Uma decisão que possa acarretar destruição de provas jamais poderá ser expedida por Sergio Moro, uma vez que ele é parte envolvida nos fatos relacionados à investigação e não exerce mais qualquer função relacionada ao poder Judiciário”, acrescentou o líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS), informando que o PT também estuda quais medidas podem ser tomadas junto ao STF para evitar a destruição dos diálogos.
“O material apreendido pela Operação Spoofing, em Araraquara, contém informações que precisam ser objeto de análise para se apurar possíveis crimes cometidos por agentes do Estado no exercício das suas funções, especialmente do Judiciário e do Ministério Público”, argumentou Pimenta.
Editor do site The Intercept, que vem divulgando mensagens atribuídas a Moro e ao procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol, o jornalista Glenn Greenwald também criticou a possível destruição do material. Já a Polícia Federal emitiu nota garantindo que o conteúdo será preservado até que a justiça defina o destino do material. A corporação admitiu, por sua vez, que a destruição pode ser uma opção da justiça.
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