A Câmara dos Deputados aprovou em 2º turno na madrugada da quarta-feira (7) o texto principal da reforma da Previdência. Foram 370 votos a favor, 124 contra e uma abstenção. No 1º turno foram 379 votos favoráveis a 131 contrários.
Após a votação, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), minimizou a perda de votos em relação ao 1º turno.
“É normal que em uma votação dessas você possa ter um ou dois votos de perda, de ganho. Ganho não dava até porque 379 já era um número bem elevado”, disse.
Ele também reforçou a posição vigente no Congresso Nacional de que a escalada de declarações agressivas do presidente Jair Bolsonaro não afeta a condução das reformas econômicas.
“As falas do presidente estão no âmbito da política, no conflito dele com os políticos de esquerda, do Nordeste. Claro que são frases polêmicas, mas no conflito político para fora, não na relação com o parlamento”, afirmou o demista.
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Nesta quarta-feira serão votadas as emendas ao texto original. O que mais deve preocupar os defensores da reforma é o trecho que trata da pensão por morte.
Antes de dar início à sessão, a Casa Legislativa precisou aprovar a chamada quebra de interstício, tirando a obrigatoriedade do intervalo de cinco sessões entre um turno e outro.
Na segunda-feira (5), a Câmara não registrou o quórum necessário para abrir a sessão que seria a quinta depois da aprovação em primeiro turno do texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019.
A oposição tentou obstruir o andamento dos trabalhos, mas deputados governistas conseguiram derrubar a sessão para limpar todos os requerimentos de retirada de pauta.
Depois disso foi convocada uma sessão extraordinária na qual foi votado o texto base.
A expectativa tanto do governo quanto do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é de que as emendas da reforma sejam votadas até a noite desta quarta-feira (7).
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