O vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, cobrou hoje (8) mais ações do governo contra a violência nas ruas. Ele e a presidente do tribunal, ministra Ellen Gracie Northfleet, foram vítimas de um assalto ontem à noite no Rio de Janeiro.
“Cabe à polícia investigar. É uma questão de segurança pública, direito do cidadão. É importante que essa questão seja resolvida e haja uma solução para o Brasil”, afirmou o ministro hoje, durante a inauguração de um novo prédio da Justiça do Rio.
Os magistrados passavam pela Linha Vermelha – via que liga o aeroporto Tom Jobim ao centro do Rio – em um veículo oficial, quando foram abordados pelos bandidos. Segundo testemunhas, os assaltantes levaram o carro, as malas e documentos dos dois ministros e os deixaram a pé na pista. Eles tiveram de ser resgatados por seguranças da Justiça do estado.
Dois suspeitos de envolvimento na ação foram mortos durante confronto com policiais militares durante a madrugada. Segundo a polícia, eles já eram procurados por conta de outros assaltos no mesmo local.
O governador eleito do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), lamentou o assalto, mas evitou comentar o caso. "Como cidadão, eu lamento. Mas, na condição de governador eleito, não posso comentar. Seria falta de ética falar sobre o assunto", disse.
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De acordo com o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, a Polícia Federal vai investigar o assalto sofrido pelos ministros do STF. "É profundamente lamentável qualquer ataque a qualquer pessoa pela bandidagem, pelo crime organizado ou não, pela delinqüência, é muito lamentável. E o caso da ministra Ellen e do ministro Gilmar se enquadra dentro deste elenco", declarou.
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