O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), está avaliando a possibilidade de instalar a CPI do Vazamento do Óleo. Ele disse que vai tomar uma decisão sobre o assunto até a próxima segunda-feira (4). Mas adiantou que a ideia de abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as manchas de óleo que atingem o litoral nordestino pode ser positiva se apresentar propostas que evitem novos problemas como esse – algo que está na mira do autor do pedido de CPI, o deputado João Campos (PSB-PE).
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“Pode ser um instrumento de apoio e ajuda. Construir o debate junto com o governo não apenas para avaliar o que aconteceu e no que o estado brasileiro pode ter errado, mas também para construir soluções para o futuro”, avaliou Maia, quando foi questionado nesta quinta-feira (31) se estava disposto a instalar a CPI do Vazamento de Óleo.
“Se for nesse caminho de ajudar, se for propositiva, pode ser uma CPI que ajude. O que não pode é transformar a CPI numa disputa do governo federal com seus adversários do Nordeste, porque os governadores do Nordeste basicamente são de oposição. É só esse cuidado que precisa ter”, acrescentou o presidente da Câmara, que disse estar avaliando o fato determinado do pedido de CPI para tomar uma decisão sobre o assunto. “Até segunda-feira vou decidir”, prometeu.
Autor do requerimento que pede a instalação de uma CPI para investigar a origem, mitigar os danos e propor soluções que evitem novos derramamentos de óleo na costa brasileira, o deputado João Campos garantiu que Maia não deve se preocupar com essa questão partidária. “Concordo que não deve ser um ambiente para isso, até porque esse problema é muito maior que o governo. O que queremos é identificar o que houve de fato, avaliar o que foi feito e também aperfeiçoar a legislação para evitar novos desastres como esse, sem qualquer pressão política”, garantiu João Campos, que disse já ter conversado com Maia sobre isso.
O deputado, que é filho de Eduardo Campos, ainda lembrou que a questão é tão relevante que o pedido de CPI teve apoio de deputados de todos os partidos que têm representação na Câmara. Foram 267 assinaturas e entre elas estão nomes de aliados do presidente Jair Bolsonaro como Carla Zambelli (PSL-SP).
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