Ao contrário do presidente da CPI dos Grampos, Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), a oposição defendeu ver os laudos do Exército sobre as maletas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) antes de ouvir o ex-agente do Serviço Nacional de Informações (SNI) Francisco Ambrósio.
Os laudos mostram se os equipamentos de varredura da agência têm capacidade de fazer escutas ilegais, o que poderia indicar de onde partiu um suposto monitoramento telefônico contra o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.
Mas os documentos estão lacrados no cofre da CPI. Itagiba disse hoje (23) pela manhã que vai ouvir o ex-araponga e só depois vai analisar a papelada do Exército. Um laudo semelhante, da Polícia Federal, disse que as maletas não conseguem fazer grampos.
Mas Wanderlei Macris (PSDB-SP) entende que seria necessário conhecer o teor dos documentos. “Se não o que vamos perguntar? Vamos tentar ver isso”, disse ele ao Congresso em Foco. “Vou falar com o [Gustavo] Fruet [PSDB-PR].”
Entretanto, a iniciativa parece não ter dado certo. O depoimento de Ambrósio começou sem que os deputados tivessem acesso aos laudos. Ele fala à CPI respaldado por um habeas corpus do STF que lhe permite não responder a todas as perguntas e não ser preso por isso. (Eduardo Militão)
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