Mário Coelho
O governador em exercício do Distrito Federal, Paulo Octávio (DEM), disse ao presidente Lula que pode renunciar ao cargo ainda nesta quinta-feira (18). Ele também afirmou que busca apoio para manter a governabilidade na capital do país caso decida permanecer no governo do DF. De acordo com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o governo federal vai esperar a decisão judicial sobre o pedido de intervenção feito pela Procuradoria Geral da República (PGR).
Segundo a Agência Brasil, o presidente deixou claro a Paulo Octávio que sua postura em relação à crise no GDF será estritamente institucional e que não irá se manifestar antes da decisão da Justiça. “O governador Paulo Octávio não veio pedir apoio ao presidente. [Lula] Deixou claro de pronto que não cabe ao presidente apoiar uma situação ou outra nesse momento, mas sim aguardar a posição da Justiça”, afirmou o ministro das Relações Institucionais, que também participou da reunião entre Lula e o governador em exercício.
Lula disse a Paulo Octávio que a renúncia ao mandato é uma decisão de foro íntimo e que o governo federal não tem nenhuma posição sobre o assunto, relatou Padilha. O encontro com Paulo Octávio não constava da agenda de Lula, mas o presidente decidiu recebê-lo após uma reunião, logo no início da manhã, para avaliar o quadro jurídico e político do Distrito Federal com os ministros da Justiça, Luiz Paulo Barreto, da Defesa, Nelson Jobim, da Advocacia-Geral da União, Luis Inácio Adams, e de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
O ministro das Relações Institucionais negou que tenha sido discutido, durante a conversa, o nome de um possível interventor que seria indicado por Lula para governar o Distrito Federal. Após sair do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede provisória da presidência, Paulo Octávio foi para o Palácio do Buriti. Desde as 11h ele está reunido com assessores discutindo seu futuro político. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a carta de renúncia já está pronta.
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