Rodolfo Torres
Na maratona de discursos que fez durante todo o Dia do Trabalhador (1º de maio), o presidente Lula chegou a chorar ontem à noite, ao fazer um balanço de seu governo.
Emocionado, o petista destacou que continuará morando no mesmo apartamento em São Bernardo do Campo (SP). “O que mais vai me dar orgulho é que eu vou poder me levantar de manhã, encontrar qualquer trabalhador e dizer para ele ‘bom dia, companheiro’, porque eu fui leal àquilo que nós fizemos neste país.”
Lula chegou a admitir que teve medo de o seu governo “não dar certo”. “Porque eu iria trair aquilo que é mais sagrado, que é a relação de amizade que eu tinha com vocês. E agora, ao terminar o meu mandato, eu deito a cabeça tranquilo no travesseiro.” Considerado o presidente mais popular da história do país, Lula chega a seu último mandato com a aprovação de 80% da população.
Mais uma vez acompanhado da pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, Lula afirmou: “Não existe limite para um povo quando ele quer, e eu quero deixar como legado um novo paradigma: quem vier depois de mim vai ter que trabalhar mais e fazer mais, e muito mais, porque o povo aprendeu a cobrar”.
“Eu tenho consciência, eu tenho consciência do que vai acontecer neste país, tenho consciência. Eu sei que a legislação não me permite falar em candidatos porque só depois de julho.”
No início desse discurso, Lula chegou a brincar com o fato de a revista americana Time reconhecer sua liderança no mundo.
“Vocês começam a dar muita importância à revista Time, daqui a pouco o meu ego não cabe dentro das minhas calças. Eu vou ter que ir ao alfaiate encomendar uma calça mais larga porque o ego vai crescendo e o ego engorda.”