O governo conseguiu mais uma garantia de vitória fácil na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, onde está em discussão, desde as 15h de hoje (13), a prorrogação da CPMF. O senador Pedro Simon (PMDB-RS) não vai votar. Segundo o líder do partido dele, Valdir Raupp (RO), ele pediu para não apreciar a matéria porque não estava a par do acordo feito entre o governo e a base horas atrás.
A assessoria de Simon desmentiu o líder. Informou que ele iria votar contra a CPMF, o motivo de sua substituição. Os auxiliares disseram que não houve pedido de substituição. Simon apenas foi avisado antes, segundo a assessoria dele. No lugar do gaúcho, quem votará é o próprio Raupp, governista de carteirinha.
Por causa do falecimento de conhecidos, o peemedebista Gilvam Borges (AP) também vai deixar seu lugar hoje na CCJ para ser ocupado pela colega de partido Rosena Sarney (MA).
Ao explicar seu voto em separado a favor do tributo, o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), disse que a manutenção do tributo é um “caminho, que é o da construção responsável” das contas públicas. Em seguida, ele anunciou os termos do acordo feito horas antes. Os parlamentares se preparam para aprovar ou o voto em separado de Jucá ou o relatório contrário à CPMF, feito pela senadora Kátia Abreu (DEM-TO).
O líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), desdenhou da proposta do governo – constante no acordo com a base – de enviar um projeto de reforma tributária ao Congresso até 30 de novembro. “Eles não cumprem coisas mínimas.” Ele disse que, se houve avanço na negociação, isso foi motivado pela oposição, que discutiu a matéria com a equipe econômica do Executivo. “O que mostra que o governo estava errado”, alfinetou Virgílio. (Eduardo Militão)
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