Apontado como possível candidato à presidência da República em 2022, o apresentador Luciano Huck foi criticado pela presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, nesta segunda-feira (14). Gleisi disse que, apesar de surgir como um nome novo da direita brasileira, Huck representa a “velha elite” e a “velha política”.
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“Não se deixe enganar, é a cara nova da velha elite e do establishment”, disparou Gleisi Hoffmann no Twitter. A presidente do PT argumentou que Huck vem ganhando força nas pesquisas eleitorais porque surge como uma opção para o setor tradicional da direita que está descontente com o governo de Jair Bolsonaro. “Depois de apoiarem Bolsonaro e verem no que deu, neoliberais da velha política correm atrás de um novo nome e turbinam exposição de Luciano Huck”, disse a presidente do PT.
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Depois de apoiarem Bolsonaro e verem no que deu, neoliberais da velha política correm atrás de um novo nome e turbinam exposição de Luciano Huck. Não se deixe enganar, é a cara nova da velha elite e do establishment.
— Gleisi Lula Hoffmann (@gleisi) October 14, 2019
Huck também foi criticado recentemente por outro cacique da esquerda: Ciro Gomes (PDT). Dizendo que o apresentador de televisão não tem experiência no setor público ou na atividade política, Ciro Gomes disse à Folha de São Paulo que, diante da atual crise socioeconômica, não é o momento de “mandar um estagiário para a presidência da República”.
Nomes da direita, porém, têm deixado cada vez mais claro o apoio à possível candidatura de Luciano Huck. O presidente do Cidadania, Roberto Freire, que já conversou com Huck, por exemplo, já disse que o partido está de portas abertas ao apresentador. Ao Uol, Freire explicou que Huck não pode mais ser considerado uma figura de fora da política. Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) também já indicou ter tido boas conversas com o apresentador.
Apesar dessas conversas com o Cidadania e com o DEM, Luciano Huck ainda não admite a ideia de sair como candidato em 2022. Em palestras pelo Brasil, ele tem falado apenas de como começou a discutir política e a participar de movimentos como o Agoro. Em uma delas, ele chegou a dizer que poderia seguir no Projac, mas decidiu contribuir com a redução da desigualdade no Brasil.