O ministro Gilmar Mendes respondeu na manhã desta sexta-feira (27) o ex-procurador geral da República Rodrigo Janot, que revelou quase ter matado o ministro no Supremo Tribunal Federal (STF) em 2017, no auge das investigações da Lava Jato. Surpreso, Mendes lamentou o episódio e recomendou Janot a procurar ajuda psiquiátrica.
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“O combate à corrupção no Brasil — justo, necessário e urgente — tornou-se refém de fanáticos que nunca esconderam que também tinham um projeto de poder”, argumentou Gilmar Mendes, que acrescentou: “Dadas as palavras de um ex-procurador-geral da República, nada mais me resta além de lamentar o fato de que, por um bom tempo, uma parte do devido processo legal no país ficou refém de quem confessa ter impulsos homicidas, destacando que a eventual intenção suicida, no caso, buscava apenas o livramento da pena que adviria do gesto tresloucado. Até o ato contra si mesmo seria motivado por oportunismo e covardia”.
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O ministro ainda sugeriu que, diante dessa atitude de entrar armado no STF para matá-lo, é possível que Janot também tenha cometido outras irregularidades. “Se a divergência com um ministro do Supremo o expôs a tais tentações tresloucadas, imagino como conduziu ações penais de pessoas que ministros do Supremo não eram. Afinal, certamente não tem medo de assassinar reputações quem confessa a intenção de assassinar um membro da Corte Constitucional do País. Recomendo que procure ajuda psiquiátrica”, disse.
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Gilmar Mendes, cujas decisões frequentemente são criticadas por defensores da Lava Jato, ainda disse que, enquanto ministro do STF, tem tentado evidenciar tais desvios. “Continuarei a fazê-lo em defesa da Constituição e do devido processo legal”, garantiu.
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