O senador Flávio Bolsonaro (RJ) disse neste sábado (16) que o processo de coleta de assinaturas para criar o partido Aliança pelo Brasil começa na próxima quinta-feira (21). A data é no mesmo dia que será feita a primeira convenção nacional da legenda ainda não criada.
“Precisaremos de 491 mil assinaturas para criar o Aliança pelo Brasil e, em apenas 4 dias, já somos mais de 640 mil ALIADOS nas três redes sociais. A partir do dia 21/Novembro vamos iniciar a coleta das assinaturas”, disse o filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro no Instagram.
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O primeiro encontro do partido em formação Aliança pelo Brasil será transmitido ao vivo pelas redes sociais. O evento acontece na próxima quinta-feira (21) e escolherá os membros da Executiva Nacional do grupo. O presidente da República Jair Bolsonaro fará discurso na ocasião.
A nova sigla deve ser comandada pelo presidente e ter como membros da executiva os seus filhos Flávio e Eduardo Bolsonaro.
O mandatário da República elabora uma lista de pessoas que vão organizar a formação da sigla nos estados. Até este momento, o único nome divulgado foi o do líder do governo na Câmara dos Deputados, Major Vítor Hugo (PSL-GO), que é responsável por angariar apoio em Goiás.
Na terça-feira (12), Jair e Flávio Bolsonaro anunciaram que pediram desfiliação do PSL. Como o mandato deles não pertence ao partido, como é na Câmara, eles não precisam esperar janela para mudar de sigla.
Para não serem expulsos por infidelidade partidária, os deputados aliados de Bolsonaro no PSL continuarão no partido até a oficialização da nova sigla. Uma das possibilidades previstas para o congressista eleito em um pleito proporcional não perder o mandato é se filiar a uma legenda recém-criada.
Para se criar um partido no Brasil é necessário reunir cerca de 500 mil assinaturas. O prazo é curto para o lançamento de candidaturas municipais em 2020. A nova sigla precisará estar pronta até março do ano que vem para poder lançar candidatos a prefeito e vereador em outubro. A equipe de Bolsonaro pretende usar o Whatsapp para reunir o apoio exigido. Mas o uso do instrumento não é seguro juridicamente e as assinaturas podem ser invalidadas.
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