Mário Coelho
O ex-chefe de gabinete do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), Fábio Simão adiou seu depoimento à Polícia Federal na tarde desta terça-feira (19). De acordo com a assessoria de imprensa da PF, Simão justificou o adiamento por ter constituído advogado somente ontem (18), e que ele não teve tempo hábil para analisar o inquérito 650DF, que gerou a Operação Caixa da Pandora. Um novo depoimento ainda será marcado, sem data definida.
Na execução da Operação Caixa de Pandora, os policiais federais apreenderam uma agenda de Fábio Simão. De acordo com a revista Época, existe uma anotação com data de 22 de janeiro de 2007, que se refere diretamente ao governador: “R$ 17.700 Arruda”. Outras anotações guardadas em um envelope destinado a Fábio Simão, com data de 23 de novembro, seriam referentes a partilha de dinheiro: “1 – chefão 400, 2 – Dep Charles 100, 3 – Pesque Pague 800 e 4 – Brazlândia 1500”. Para os policiais, isso mostra a distribuição de propina entre Arruda e membros da Câmara Legislativa.
No inquérito do Superior Tribuna de Justiça (STJ), Fábio Simão é apontado como o responsável por “gerenciar os contratos de terceirização de serviços do GDF”, cabendo-lhe “arrecadar dinheiro de propina dessas empresas e repassá-lo a quem Arruda determinasse”. Quando a Operação Caixa de Pandora ocorreu, em 27 de novembro, ele foi um dos alvos dos mandados de busca e apreensão expedidos pelo STJ. Depois, acabou sendo afastado do cargo pelo governador Arruda.
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