Mário Coelho
Omézio Pontes, ex-assessor de imprensa do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), ficou calado durante todo o depoimento prestado nesta segunda-feira (1º), na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. De acordo com o depoimento do ex-secretário de Relações Institucionais do GDF Durval Barbosa, que está no inquérito 650DF, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Omézio é um dos operadores do mensalão do Arruda, responsável por distribuir dinheiro de propina entre secretários e parlamentares.
Segundo o advogado de Omézio, Thomaz Gonçalves de Oliveira, o jornalista só falará depois que tiver acesso ao inquérito da Operação Caixa de Pandora. A defesa de Omézio já teria pedido ao tribunal acesso aos documentos. Na semana passada, o depoimento do ex-assessor de imprensa causou confusão. Primeiro, a PF divulgou que Omézio não teria comparecido à oitiva. Depois, a corporação afirmou que, por conta de um erro no sistema de processamento da PF, ele não foi convocado para depor. Após um acordo entre o delegado responsável pelo caso, Alfredo Junqueira, e os advogados de Omézio, o depoimento foi marcado para hoje.
Outro envolvido que tinha depoimento marcado para hoje era o ex-assessor da Secretaria de Educação Adailton Barreto, também acusado de envolvimento no esquema. Barreto teria recebido R$ 60 mil de propina das mãos de Durval Barbosa. Ele não compareceu ao depoimento. Seus advogados apresentaram atestado médico para justificar a ausência do cliente.
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