Mário Coelho
As pesquisas de opinião indicam que o atual presidente da Bolívia, Evo Morales, deverá ser reeleito neste domingo (6) e manter-se no poder por mais cinco anos. Pela legislação boliviana, para ser eleito basta que o vitorioso obtenha 50% do total de votos mais um ou então 40% (dos votos) com uma diferença de mais de 10 pontos percentuais em relação ao segundo colocado. Seu principal opositor no pleito deste domingo é Manfred Reys Villa, ex-governador de Cochabamba.
Além do presidente e do vice, serão eleitos 130 deputados e 36 senadores que vão compor a Assembléia Plurinacional Legislativa, que substituirá o Congresso. Segundo o deputado Dr. Rosinha (PT-PR), que está na Bolívia como observador externo, o clima no país, até o momento, é mais amistoso do que no último pleito, em 2005.
“O clima no atual pleito boliviano é menos conflituoso do que nas últimas eleições. A imprensa local mostra-se menos raivosa”, afirmou o deputado em sua página do Twitter. Pelo menos 22 organizações internacionais observam eleição de hoje na Bolívia, entre elas Organização dos Estados Americanos (OEA), Mercosul e União Européia.
A eleição não movimenta apenas os bolivianos na terra natal. Segundo a Agência Brasil, cerca de 12,8 mil bolivianos devem votar nos postos instalados em São Paulo, única cidade brasileira onde isso poderá ser feito. A Corte Nacional Eleitoral (CNE) em São Paulo informou que os postos abriram de manhã e a expectativa é de que até as 16h os eleitores já tenham votado.
As eleições na Bolívia são diretas, individuais, obrigatórias e secretas. Devem votar os maiores de 18 anos. Este ano estarão em disputa a presidência e a vice-presidência e a escolha de 130 deputados e 36 senadores que vão compor a Assembleia Plurinacional Legislativa, que substituirá o Congresso.