O ex-presidente do PT José Genoino, avalista de um empréstimo de R$ 3,59 milhões concedido ao partido pelo Banco Rural em 2003, afirmou ontem à Folha de S.Paulo que a operação de crédito da sigla “é legal e está incluída na prestação de contas do partido”.
A afirmação foi dada em referência à reportagem desta semana da revista Época, que publicou a entrevista de um ex-superintendente do banco que afirmou serem uma “farsa” os empréstimos do Rural a Marcos Valério e repassados ao PT e a partidos da base aliada.
Genoino, no entanto, não comentou a parte da reportagem que cita que houve cinco operações de rolagem da dívida do PT com o Rural, todas autorizadas pela diretoria do banco. Ele afirmou à Folha que não havia lido a revista.
Ao ser questionado se os empréstimos eram, como consta da revista, uma forma de ocultar a origem de recursos que chegavam ao PT, Genoino negou e disse que as operações eram legais.
Além desse empréstimo contráido diretamente pelo PT pelo Banco Rural, ao lado de um segundo tomado no BMG, a maior parte dos R$ 55 milhões tomados nos dois bancos foi por intermédio de Marcos Valério. O PT só reconhece esses empréstimos tomados diretamente nas instituições bancárias.