Mário Coelho
Faltando pouco mais de sete horas para o encerramento do prazo, a Câmara Legislativa do Distrito Federal não recebeu até o momento nenhuma inscrição de chapa para as eleições indiretas de 17 de abril. Até o momento, é dada como certa apenas a candidatura do governador interino Wilson Lima (PR), que até o mês passado presidia o poder Legislativo local. Até o suplente de deputado federal Osório Adriano (DEM-DF), escolhido pelo partido como candidato, pode acabar não concorrendo ao pleito.
As regras para a eleição indireta de governador e vice do DF foram instituídas pelo Ato da Mesa Diretora nº 26/10, publicado em 25 de março no Diário da Câmara Legislativa (DCL). Os candidatos devem se inscrever na Assessoria de Plenário e Distribuição da Casa até as 18h. De acordo com a norma, podem inscrever-se para governador e vice, em chapa única, os eleitores que atendam os requisitos especificados na legislação eleitoral. As inscrições deverão ser formalizadas via partido político ou blocos partidários, mas podem apresentar apenas uma chapa, que receberá um número, de acordo com a ordem de inscrição.
Entre os deputados distritais, é dada como certa a candidatura de Wilson Lima ao cargo. Ele assumiu interinamente após a renúncia do então vice-governador Paulo Octávio, que chefiava o Executivo do DF desde a prisão do ex-governador José Roberto Arruda. Porém, até o momento ele ainda não apresentou sua chapa. Já Osório Adriano, que foi indicado pelo DEM-DF ontem (6), pode acabar não participando do pleito. De acordo com a Agência Estado, a cúpula nacional do partido quer a desistência para não atrelar ainda mais a imagem da legenda ao mensalão do Arruda.
Outro partido que deve decidir nesta quarta-feira (7) se participa ou não da eleição indireta é o PT. O diretório regional petista se reúne às 13h para discurtir a participação no processo. O PT-DF poderá lançar uma candidatura ou declarar apoio a outra coligação. Na última segunda-feira (5), o PT aprovou uma resolução reafirmando sua posição contra a eleição de um deputado distrital para o cargo de governador-tampão e contra a participação de parlamentares citados nas investigações na votação prevista para 17 de abril.