Líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM) classificou como abusiva a operação da Polícia Federal que o intimou a prestar depoimento no inquérito que investiga repasses de R$ 40 milhões da J&F a políticos do MDB na campanha eleitoral de 2014. Ele argumentou que, ao contrário que foi dito, ele não sofreu nenhum mandado de busca e apreensão: “O que recebi foi um agendamento de oitiva, todo o resto é fake news”, defendeu-se na tarde desta terça-feira (5).
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Segundo o senador, o que causa estranhamento e pode ter contribuído com a disseminação da notícia de que ele foi alvo de um mandado de busca e apreensão foi o fato de o agendamento de oitiva ter sido entregue pela Polícia Federal logo no início da manhã desta terça na sua residência em Brasília. “Não precisava ser às 7h da manhã. Eu tenho local certo aqui e no meu estado. É um dos abusos que precisamos evitar no Brasil”, reclamou Braga.
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Ele disse também que ainda não teve acesso ao inquérito no qual foi chamado a depor, como determina a lei. “Eu sempre defendi toda e qualquer investigação, sempre me coloquei à disposição da Justiça. Mas daí a ter uma ação espetaculosa na mídia, inclusive com notícias que não são verdadeiras…”, lamentou Braga, que promete acionar seus advogados por conta desses contratempos. “Isso vai ser esclarecido e questionado pelos advogados no tempo e no foro correto”, prometeu o senador, que quer levar essa questão ao ministro relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin.
Braga ainda disse que já negociou o horário desse depoimento com os policiais, já que não pôde comparecer nesta terça-feira à Polícia Federal em virtude dos compromissos oficiais no Senado, onde recebeu, com os outros líderes partidários, as propostas econômicas do governo Bolsonaro.
Além de Braga, foram chamados a prestar esclarecimentos pela Polícia Federal os senadores Renan Calheiros (AL) e Jader Barbalho (PA).
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