O ex-governador do Rio Anthony Garotinho, pré-candidato do PMDB a presidente da República, disse que não irá retirar sua candidatura antes da convenção nacional do partido, marcada para junho.
Em entrevista ao programa Canal Livre, da TV Bandeirantes, ele, referindo-se aos senadores José Sarney (PMDB-AP) e Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou: "Eu sei que estou diante de adversários poderosos, mas não sou de jogar a toalha e vou até o fim. Eu vou até a convenção, ninguém vai me matar de véspera".
Para muitos peemedebistas, a candidatura própria do partido tornou-se inviável depois que o Supremo Tribunal Federal confirmou a orientação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de manter a verticalização partidária. O Congresso aprovou no início deste ano emenda constitucional pondo fim à regra, mas, segundo a Justiça, a decisão não valerá para as eleições de 2006.
Com a verticalização, o partido é obrigado a acompanhar nos estados as coligações feitas na disputa presidencial, o que seria um sério obstáculo para composições regionais do PMDB, que tem fortes candidatos a governador em diversos estados da federação.
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Garotinho também amarga uma derrota importante em Campos (RJ), cidade da qual foi prefeito e que é o seu berço político. A eleição para prefeito da cidade, realizada em 2004, foi impugnada pela Justiça Eleitoral. Em nova votação ontem, o pedetista Alexandre Mocaiber venceu o candidato de Garotinho, Geraldo Pudim (PMDB), por uma diferença de 28.400 votos.
Ao comentar o resultado, o ex-governador disse: “O candidato do Lula em São Bernardo do Campo, o Vicentinho, levou uma coça do candidato do PSB. Por acaso atribuíram a derrota ao Lula onde ele mora? É preciso usar o mesmo critério. Se for atribuir a derrota para mim, tem que atribuir ao Lula também".
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