Rudolfo Lago e Mário Coelho
O DEM, partido ao qual José Roberto Arruda era filiado antes de estourar o escândalo do mensalão, divulgou nota na noite desta quinta-feira (11) determinando que todos os seus filiados deixem o governo do Distrito Federal. A decisão, porém, não vale para o vice-governador Paulo Octávio. com a prisão de Arruda, é ele quem vai assumir o governo.
A ideia do DEM é possibilitar que Paulo Octávio, sem os secretários políticos filiados ao partido, possa montar uma equipe técnica para apoiá-lo.
Tudo indica, porém, que será uma decisão inócua. Os secretários do DEM não parecem dispostos a obedecer. Caso, por exemplo, do secretário de Transportes, Alberto Fraga. Ao sair da Polícia Federal, onde Arruda está preso, ele deixou claro: “Eu sou secretário. Não vou sair do governo”.
“Não preciso esconder que sou secretario atuante no governo dele e tenho uma boa amizade por ele”, completou. E desafiou: “se eles [os outros membros do partido] quiserem se esconder, que se escondam”.
Fraga ainda saiu em defesa de Arruda: “Isso [a prisão] não é uma derrota, é apenas um constrangimento. É bom lembrar que não houve nenhum tratamento desses para casos semelhantes”.
