Mantido na liderança do PSL pela Câmara dos Deputados, o Delegado Waldir (GO) garantiu nesta quinta-feira (17) que a briga deflagrada pela ala bolsonarista que queria destituí-lo do cargo para entregar a liderança a Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) não vai interferir sua relação com o governo nas votações da Câmara. Ele disse que vai continuar votando de acordo com as orientações do governo e que quer pacificar o partido, mas soltou: “Somos 98% fiéis”.
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“A gente sabe que houve um grande embate e muito desgaste. Mas nós somos extremamente fiéis ao governo. E vamos continuar votando no governo”, afirmou o Delegado Waldir, que também destacou o apoio a pautas caras ao governo como o combate à corrupção. “Continuamos sendo de direita, defendendo as bandeiras pelas quais fomos eleitos. Defendemos o governo, vamos votar de acordo com a orientação do governo, vamos defender nossos ministros. Não muda nada”, assegurou Waldir.
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Ele ainda garantiu que, ao contrário do que circulou nesta semana, ele não orientou a bancada a obstruir a votação de uma medida provisória. Segundo Waldir, ele atrasou a votação somente para que os deputados não levassem falta, já que a bancada estava reunida no momento que a matéria começou a ser apreciada no plenário da Câmara.
No meio desse discurso, porém, Waldir acabou admitindo que não concorda com todas as pautas do governo. “Somos 98% fiéis ao governo”, soltou o deputado, que é próximo do presidente nacional do PSL< Luciano Bivar, com quem o presidente Jair Bolsonaro vem trocando farpas ultimamente.
Segundo deputados aliados ao governo Bolsonaro, por sua vez, dizem que o Delegado Waldir tem usado a estrutura da liderança para boicotar o governo na Câmara. Foi por conta disso que, nessa quarta-feira, esses deputados assinaram duas listas para tentar destituir Waldir e levar Eduardo Bolsonaro para a liderança do PSL. As listas, porém, não foram reconhecidas pela Secretaria Geral da Câmara, que manteve Waldir na liderança.
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