O brigadeiro José Carlos Pereira, presidente da Infraero, disse hoje (24), em Recife, que teme que os sucessivos atrasos em vôos ocorridos nos aeroportos brasileiros causem uma crise no turismo nacional.
Durante um seminário internacional de segurança no vôo, o brigadeiro disse que a crise pode fazer com que turistas estrangeiros desistam de visitar o Brasil. "O turista, principalmente o internacional, não quer se arriscar a ir para uma região onde não tem certeza de que o vôo dele vai sair", declarou. "Se todos cooperarem, haverá prejuízos, mas não tão significativos", complementou.
O ministro da Defesa, Waldir Pires, afirmou na semana passada que não acredita que os problemas afetem as viagens durante o Natal e o Réveillon, quando aumenta o número de passageiros e vôos. Entretanto, o presidente da Infraero disse que "a solução definitiva da questão só deve ocorrer no prazo de um ano e meio".
Oposição critica “nova” secretaria para fortalecer mídias
A proposta do governo federal de transformar a Subsecretaria de Comunicação em Secretaria de Democratização da Informação (SDI), sob a tutela da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, não foi bem aceita por setores da oposição. Alguns parlamentares consideram a iniciativa como um atentado à democracia.
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Segundo o jornal Estado de S. Paulo, a nova secretaria, se criada, deverá atuar para fortalecer mídias alternativas e regionais, como TVs e rádios comunitárias, que receberiam verba publicitária. O plano se baseia no caderno setorial do PT para a comunicação, que propõe ‘desconcentrar’ a mídia.
Publicidade"O que está havendo é uma tentativa de tutelar a imprensa", disse o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM). Na avaliação do tucano, com a proposta o Planalto quer repetir o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) da ditadura Vargas.
O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) acredita que alguns ‘escorregões autoritários’ de autoridades, durante o primeiro mandato de Lula, não ajudaram a alimentar a tese de que o governo está bem-intencionado.
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) minimizou a questão. Segundo a instituição, pouco importa a qual ministério a secretaria será submetida. "Eu vejo com indiferença a relação burocrática que a secretaria vai ter", disse o presidente do órgão, Sérgio Murillo de Andrade. Outras entidades do setor, como ABI (imprensa), Abert (emissoras de rádio e TV) e ANJ (jornais) preferiram não se posicionar, dizendo que as informações não são oficiais.
A ministra Dilma Rousseff assegurou que "não há nada pensado neste sentido”. O presidente interino do PT, Marco Aurélio Garcia, também declarou desconhecer o tema. "O programa de reorganização do governo ainda está em curso", disse.
De acordo com o jornal Estado de S. Paulo, “os estudos existem e chegam a propor que o dinheiro do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) – na casa dos R$ 5 bilhões – seja administrado pela Casa Civil, que cuidaria dos programas da TV Digital, hoje com o Ministério das Comunicações”.