Mário Coelho
A CPI da Corrupção, que pretende investigar contratos do governo do Distrito Federal nos últimos 18 anos, começou há pouco a segunda reunião na tarde desta quinta-feira (14). A expectativa é que o relator da comissão, deputado Raimundo Ribeiro (PSDB), apresente o plano de trabalhos para apurar as denúncias e os desdobramentos do inquérito 650DF, que originou a Operação Caixa de Pandora. Os distritais estão reunidos a portas fechadas para definir o cronograma da reunião.
A sessão começou com a presença de quatro deputados. O relator Raimundo Ribeiro ainda não entrou no plenário da Câmara Legislativa, onde a CPI se reúne. Os distritais votam agora resoluções internas da comissão, de como o colegiado deve funcionar administrativamente.
Além de divulgar o plano de trabalho para as próximas semanas, os membros da CPI também devem apreciar dois requerimentos apresentados na última segunda-feira (11), quando ocorreu a primeira reunião da comissão. Único membro da oposição no colegiado, o distrital Paulo Tadeu (PT) apresentou dois pedidos. Um convocando o ex-secretário de Relações Institucionais do GDF Durval Barbosa para depor. O outro requer a íntegra do inquérito 650DF ao Superior Tribunal de Justiça. O petista já tem pronto 456 requerimentos para apresentar durante as investigações.
Dois ex-secretários do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), foram escolhidos para ocupar os principais cargos da CPI da Corrupção. Por quatro votos a um, o deputado Alírio Neto (PPS), foi eleito presidente da comissão pelos seus pares. Alírio, por força do regimento, acabou escolhendo Raimundo Ribeiro para a posição de relator. Alírio e Ribeiro ocuparam a mesma pasta no governo Arruda: a Secretaria de Justiça. A base aliada terá ampla maioria na investigação. Na composição da CPI, além de Alírio e Ribeiro , Eliana Pedrosa (DEM) também foi titular de uma pasta do GDF, a de Desenvolvimento Social e Distribuição de Renda. O vice-presidente é Batista das Cooperativas (PRP).
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