A comissão de sindicância instaurada no Senado para apurar denúncia de fraude na CPI da Petrobras concluiu que não houve vazamento de “informações, documentos ou minutas de questionamentos”. No início de agosto, o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), determinou a abertura da sindicância a partir de reportagem da revista Veja, que sustentou que o governo e a liderança do PT no Senado montaram uma fraude que consistia em passar antes às pessoas que seriam ouvidas pela CPI as perguntas que lhes seriam feitas pelos senadores.
A comissão de sindicância informou ter tomado 14 depoimentos, investigado os e-mails dos suspeitos, verificado o controle de acesso aos arquivos eletrônicos confidenciais, examinado os documentos utilizados como subsídio das reuniões e analisado por diferentes câmeras os vídeos das oitivas realizadas na CPI e a gravação que gerou a denúncia de Veja.
De acordo com a revista, Sérgio Gabrielli (ex-presidente da Petrobras), Nestor Cerveró (ex-diretor da estatal) e Graça Foster (atual presidente da petrolífera), por exemplo, tiveram acesso, com antecedência, às questões. Servidores do Senado, da Petrobras e da Secretaria de Relações Institucionais estariam envolvidos no caso, que também foi levado à Polícia Federal. No âmbito administrativo, o Senado acatou o relatório da comissão que recomendou o arquivamento do procedimento sob o argumento de que não foi encontrado nenhum indício.
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