O presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), disse nesta segunda-feira que não está nos planos do partido, pelo menos por enquanto, pedir o impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso. Segundo o pefelista, juridicamente há grandes indícios de crime de que Lula cometeu crime de responsabilidade. Mas, no campo processual, ainda é necessário levantar provas mais concretas.
“O impeachment não está no foco político. Ele poderia desviar o foco das CPIs”, disse. Bornhausen enfatizou que o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), é aliado de Lula e tem poder para arquivar um pedido de impeachment, caso o considere inconsistente.
Apesar disso, a assessoria jurídica do PFL estuda a possibilidade de entrar com representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para questionar as declarações do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que admitiu ter recebido dinheiro de caixa dois para pagar despesas da campanha de seu partido. “A eleição de 2002 está sob suspeição”, afirmou o Bornhausen.